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Circuito Chic
Christiano Coelho
Colunista social desde 2002, Christiano Coelho se consolidou ainda no Jornal Impresso, sendo pioneiro em Primavera do Leste na edição de revista, programa de TV e site voltado ao universo social. Siga-o também no Instagram: @christianocoelho e @circuitochic
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COLUNA DO CHRIS

Sexta-feira, 09 de Abril de 2021 - 19:23

Vivendo na França com as filhas, a advogada Luciana Martins Ribas divide sua experiência com a Pandemia na Europa

Tem que ter muita coragem para deixar sua vida tranquila, sua família, seus amigos, o aconchego do seu lar e, literalmente, aventurar-se em outro país com duas filhas pequenas, sem qualquer domínio do idioma... Era o que eu mais ouvia!

Nunca foi uma decisão fácil e os medos são inúmeros... e se der algo errado? e se acontecer algo às meninas? e se acontecer algo com alguém da família e não estarmos por perto?  E se...? E se...? E se...???? Foram muitos “e se”...

Os medos me atormentavam, mas quando é para acontecer, a vida vai colocando pessoas especiais em nosso caminho e as coisas vão tomando forma... amigos de amigos que também moram aqui na França, me deram todo o apoio necessário, sem o qual, dificilmente conseguiria aqui residir e obter os vistos.

Tive que ser forte, mas, acima de tudo, pude contar com a força das minhas filhas que enfrentaram sozinhas todos os obstáculos de uma nova vida escolar noutro país, sem conhecer o idioma, sem conhecer nada nem ninguém... Três mulheres corajosas enfrentando um outro mundo, uma outra realidade, sem nada entender!

Tudo estava se encaixando perfeitamente, quando, de repente, fomos surpreendidos pela Pandemia. Que desespero! França em lockdown total, crianças com ensino on-line, contaminação, mortes... Foi extremamente difícil pra mim!

Entrei numa paranoia sem fim. A esterilização de todas as compras que passaram ser via internet. Permanecer todas em casa, sem sair sob qualquer aspecto (lembrando que se tratava da minha paranoia, porque poderíamos sair num raio de 1km para compras essenciais e atividades esportivas). Eu saia a cada 10 (dez) dias para compras de frutas e verduras. Máscaras, luvas, álcool gel... uma loucura!

Mas o que me atormentava era a possibilidade de ser contaminada. Caso me contaminasse e tivesse que ser internada, como ficariam minhas filhas? E com quem???  Ninguém poderia entrar na França, logo, não poderia contar com ninguém da família... E, apesar de ter amigos, quem, em sã consciência abrigariam duas crianças possivelmente contaminadas??? Isso me consumia, a ponto de combinar com uma amiga de, caso isso chegasse a ocorrer, que ela trouxesse alimentos para as meninas, sem qualquer contato.

Mas aos poucos, fomos imprimindo essa nova realidade no nosso dia-a-dia e passamos a conviver com mais leveza, porém, não esquecendo os cuidados. De certa forma, nos sentíamos muito protegidas, ante todo o cuidado e informações que nos eram repassadas diariamente pelo Governo Francês. Sem contar, que, caso fôssemos contaminadas, não teríamos nenhum custo, o que já era um grande alento. Aqui o Governo atraiu para si todos os custos dos contaminados pela pandemia, mesmo se turistas.

Quando reiniciaram as aulas presenciais das meninas em Setembro de 2020, fiquei bastante receosa, pois elas poderiam se contaminar na escola e, por consequência, me contaminar e isso muito me preocupou. Mas, em que pese a alta contaminação em toda a França, na região em que moramos, o índice é extremamente baixo e, até o momento, não houve nenhuma escola, tampouco, salas fechadas por contaminação.

Talvez pelo fato de morarmos numa cidadezinha bem próxima a Paris (a 15km), onde grande parte da população é francesa, poucos estrangeiros, sendo eles extremamente cuidadosos, atentos e respeitosos com relação à regras impostas pelo Governo para conter o Covid-19. Como o índice de contaminação em crianças é ínfimo, as aulas presenciais foram retomadas com todas as precauções, inexistindo, até o momento, qualquer contaminação de alunos, professores ou funcionários em nenhuma das escolas das meninas.

Porém, com tudo o que está acontecendo no mundo e, em especial no Brasil, não cogitamos retornar em plena pandemia, por entender que aqui estaremos melhor protegidas. Aqui na França, tivemos a primeira onda, depois a segunda onda e agora enfrentamos um mini lockdown para conter essa terceira onda (pós fim de ano) que também conta com o agravante das variantes do vírus e que muito tem assustado a classe médica e autoridades.

A solução virá com a vacina, porém, a vacinação está a passos lentos... Eis que quase 4 milhões de pessoas foram vacinadas até agora na França (idosos em casas de repouso, pessoas fragilizadas por idade ou patologias e idosos), agravado ao fato de, em que pese a compra de 200 milhões de doses, o equivalente para vacinar 100 milhões de pessoas, e entrega dessas vacinas está sofrendo atrasos. A previsão é de que ainda este mês serão vacinados todas as pessoas maiores de 18 anos, diretamente pelo seu médico de família, ou até mesmo através das farmácias que passarão a vacinar. A expectativa é que até julho todos estejam vacinados. Mas, com certeza, ainda levaremos um bom tempo para nos livrar do vírus.

Podemos considerar que foi um ano perdido? Definitivamente não!

Essa experiência nos trouxe muitas reflexões e dentre elas é que independentemente de nossa raça, condição financeira, credo, estamos todos no mesmo barco, sofremos a mesma tempestade e, se não tivermos um olhar ao outro, no sentido de nos proteger, para também proteger o outro, sofreremos perdas, perdas que poderíamos ter evitado se tivéssemos a consciência e o dever de proteção.

É fato que o mundo tomou medidas extremamente difíceis, mas necessárias, tanto é que o número de mortes foi bastante reduzido e, em contrapartida, países que negligenciaram esta pandemia (como por exemplo, os EUA) sofrem com um número absurdo de mortes (superior a 530mil). Temos que aplicar em nosso país, estado ou município, regras que deram certo em outros países. Temos a internet à nosso favor, e, informar as pessoas da necessidade de, à medida do possível, ficar em casa e evitar contaminação em massa que possam contribuir com a superlotação dos leitos e UTIs dos hospitais.

A fiscalização na França é rigorosa (multa mínima de $135 euros), cuja reincidência pode atingir a dobra da multa ou mesmo sua elevação a até $3.500 euros e prisão por até 90 dias. Mas não é um absurdo ter que aplicar sanções em pessoas que se negam a serem protegidas?!  Não é crível isso acontecer em meio a tanta calamidade... há quem duvide dos números de mortos, há quem duvide do vírus e, pior, há – pasmem – quem duvide até da vacina!!!

Infelizmente, não há outra forma de evitar números de mortes. Temos que evitar, ao máximo, aglomerações, contato, visitar parentes idosos, a fim de dificultar trazer ao seu lar e aos seus, qualquer possibilidade de contaminação. É difícil? Sim, é muito difícil! Mas é extremamente necessário. É muito comum aqui encontrar os idosos no portão com um celular na mão tirando fotos de seus netinhos acenando na porta de casa, à distância. É de chorar! Mas eles não se aproximam, não se tocam, tampouco se visitam. Eles querem viver! Entendem que precisam desse tempo de reclusão para aproveitar seus netos depois. Não podemos nos aproximar de um idoso, sob qualquer pretexto, ainda que na intenção de ajudá-lo. Devemos chamar o Corpo de Bombeiros. Aliás, nem eles aceitam qualquer aproximação ou ajuda. É muito estranho, mas a “educação” em auxiliar um idoso transportando peso ou algo do gênero, hoje, chega a ser uma afronta!

Espero ter demonstrado um pouco do que vivenciamos aqui, nem sabemos ainda se conseguiremos cumprir 100% do nosso projeto na França, mas podemos, sem dúvida nenhuma, dizer que, mesmo em meio à pandemia, está sendo uma experiência maravilhosa, muito além das minhas expectativas. Aprendemos muito a cada dia e nos ajudamos mutuamente.

Mas o fato de poder transitar tranquilamente pelas ruas; minhas filhas irem e voltarem sozinhas da escola sem qualquer preocupação ou pânico; ter acesso à saúde (médica, odontológica e farmacêutica) a custo praticamente zero; acesso à cultura (aqui, menores e estudantes até 26 anos, nacionais da União Europeia, não pagam para visitar museus e monumentos públicos, tampouco, professores); transporte público eficiente; as férias para os franceses são sagradas, eles não se importam de ficar sem ganhar dinheiro um mês inteiro (muitas empresas são completamente fechadas nesse período), o descanso e lazer para eles é essencial; sem falar na gastronomia, vinhos, queijos, e, lógico, a moda, muito me encantam...

É tudo maravilha? Não! Nem de longe...

Sentimos falta da família, dos amigos, da comida brasileira, das nossas frutas, do nosso calor humano, da nossa alegria, das nossas belezas naturais, enfim, do nosso Brasil. Não existe uma só pessoa que, ao nos declarar brasileiras, não abram um sorriso e dizem amar nosso país ou desejar conhecê-lo. E olha que a imagem de nosso país, infelizmente, é extremamente negativa aqui fora!

Mas, acima de tudo, essa experiência de vivenciar uma nova cultura, a cultura europeia, também serviu para vermos o quanto nosso país é maravilhoso, o quanto nosso povo é bom e generoso, e como seria bom que nossos governantes aplicassem em nosso país o que é bom e eficaz em outros países. Porque, com toda a certeza, se o nosso país já é bom com tantos problemas, imagine, sem a maioria deles, o quão gigante seria!

Luciana Martins Ribas é advogada e mora há 3 anos perto de Paris com as filhas Maité e Liz

Quarta-feira, 31 de Dezembro de 1969 - 21:00

Quinta-feira, 11 de Abril de 2024 - 11:06

Coautores lançam livro Experiências e Práticas de Audiência de Mediação no Teatro Municipal


As coaltoras Maria Eterna Mello e Laura Lannes de Toledo Barros com a juíza Dra. Miryan Pavan que assina o prefácio e a organizadora da publicação, Marina Soares Vital Borges durante o coquetel de lançamento que movimentou a classe jurista da cidade na última terça-feira, no Teatro Municipal. Abaixo demais coautores do livro: Aritana C. D. Copetti Viana Cláudio Eduardo Badaro Deizieli Ferreira da Silva Jovina M. de Sousa Marcos Laura M. C. Lannes de Toledo Barros Maisa Vendruscolo Maria Eterna Pereira Mello Mariana Balan Girardi Marina Soares Vital Borges Paulo Cesar Froes Suzimaria M. de Souza Artuzi Waldineth P. G. da Silva Farias

Confira abaixo mais flashes de Neres Fotografia...

Quarta-feira, 10 de Abril de 2024 - 12:42

7 edição Moto Encontro Cavaleiros Negros Primavera do Leste PARTE 2

Moto Clube Cavaleiros Negros promoveu o  7º Moto Encontro, nos dias 5 e 6 de abril de 2024, no parque de exposição de Primavera.

Entre as atrações estiveram, as bandas:  Capitão Trovão, Muchileiros, Red River, Vanilla Rock, Brazuca Rockers, Tião e os Bravos, Imitáveis e o Cigano com o Globo da Morte

De acordo com o presidente, Vilmar Pichek Borges, durante os dois dias de festa passaram mais de 2000 pessoas pelo evento, foram 93 moto clubes de todos os cantos do país, teve o tradicional Boi no Rolete, a praça de alimentação foi comandada pelas entidades: AMA, Mão na Massa, Pastoral da AIDS e  Rotary Clube.

“Este ano a rifa teve parte da renda destinada à APAE, a sortuda que levou a moto BMW F900R foi de Cuiabá/MT.” Queremos agradecer a todos que estiveram presentes, aos voluntários e  as empresas parceiras que sempre nos apoiam.

Mais informações sobre o evento no instagram @cavaleirosnegrosmt  | FOTO ZANELLA

Quarta-feira, 10 de Abril de 2024 - 12:28

7 edição Moto Encontro Cavaleiros Negros Primavera do Leste PARTE 1

O Moto Clube Cavaleiros Negros promoveu o  7º Moto Encontro, nos dias 5 e 6 de abril de 2024, no parque de exposição de Primavera.

Entre as atrações estiveram, as bandas:  Capitão Trovão, Muchileiros, Red River, Vanilla Rock, Brazuca Rockers, Tião e os Bravos, Imitáveis e o Cigano com o Globo da Morte

De acordo com o presidente, Vilmar Pichek Borges, durante os dois dias de festa passaram mais de 2000 pessoas pelo evento, foram 93 moto clubes de todos os cantos do país, teve o tradicional Boi no Rolete, a praça de alimentação foi comandada pelas entidades: AMA, Mão na Massa, Pastoral da AIDS e  Rotary Clube.

“Este ano a rifa teve parte da renda destinada à APAE, a sortuda que levou a moto BMW F900R foi de Cuiabá/MT.” Queremos agradecer a todos que estiveram presentes, aos voluntários e  as empresas parceiras que sempre nos apoiam.

Mais informações sobre o evento no instagram @cavaleirosnegrosmt  | FOTO ZANELLA

Terça-feira, 09 de Abril de 2024 - 10:30

Diellica Nilson celebra aniversário recebendo familiares e amigos

Diellica Nilson armou uma balada super charmosa no jardim de sua casa no último sábado. Com música e bar da Amsterdan Drinks, a festajada reuniu os mais chegados com muita diversão. Veja quem foi abraça-la...

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Quarta-feira, 20 de Março de 2024 - 11:36

Impacto Agrícola mais uma vez tem stand movimentado por clientes e parceiros na FarmShow 2024


Os sócios Antonio Ribeiro Jr, Olvado Della Torre e Charles Vieira apresentaram as novidades em produto, desta vez celebrando a parceria firmada com a Bayer Cropscience para melhor atender toda a região. Abaixo confira flashes de quem passou pelo espaço Impacto Agrícola nesta edição...

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Quarta-feira, 06 de Março de 2024 - 20:58

Multi Pedras recebe clientes e parceiros em noite especial de lançamento Cosentino

Terça-feira, 20 de Fevereiro de 2024 - 22:34

Thais Zanetti reúne mulheres em jantar de aniviversário e lançamento de projeto audiovisual

 

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Segunda-feira, 05 de Fevereiro de 2024 - 16:50

Primacredi inaugura seu moderno Auditório reunindo cooperados em palestra do analista político Caio Copola

Com palestra do analista político Caio Copola, a Primacredi reuniu cooperados na última sexta-feira apresentando seu novo Auditório. Com capacidade para 236 pessoas confortavelmente sentadas, a sala tem todo conforto e tecnologia disponível para eventos de associados. Confira os flashes de quem esteve na apresentação seguida de coquetel... FOTOS NERES 

Quinta-feira, 01 de Fevereiro de 2024 - 11:42

Confira como foi o Dia de Campo da Impacto Agrícola que movimentou produtores de Soja


Sócios na Impacto Agrícola, Antonio Ribeiro Jr., Cherles Vieira e Olavo Della Torre Jr comemoram o sucesso e agradecem a todos que participaram do evento

O Dia de Campo de Soja da Impacto Agrícola foi realizado no último dia 19 de janeiro, uma Sexta-feira que movimentou a Fazenda Nossa Senhora Medianeira, em Primavera do Leste. O evento contou com a presença de produtores rurais de toda a região, que puderam conhecer as novidades em tecnologia e manejo da soja. Sempre investindo em inovação para oferecer aos seus clientes as melhores alternativas para o sucesso da sua lavoura, a Impacto fez de seu Dia de Campo uma oportunidade de compartilhar todos os conhecimentos e experiências com os produtores parceiros. Após as apresentações todos confraternizaram em um grande almoço com música ao vivo e muitas trocas de informações... FOTOS DIEGO EIFLER

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